Em vista ao antigo aeroporto de Rio Branco, percebi que a história daquele local se mantém presa ao passado não muito distante. O abandono, as letras caídas da fachada, os vidros quebrados indica que o tempo foi cruel para o mesmo.
Na década de 80, o aeroporto de Rio Branco era um dos principais, se não o principal ponto da cidade. Haviam lojas sofisticadas, lanchonetes, uma grande área verde no estacionamento que até hoje resiste, o conforto era inigualável. Hoje está longe desse luxo, vidros quebrados, portões de embarque vedados, forros caídos e móveis da época deixados pela pressa da “inovação” de um novo aeroporto. Maior, com dois pisos, salas grandes de embarque e check-in tudo com ar condicionado de última geração.
O pior de tudo é um prédio obsoleto para as autoridades. Nada se pode fazer lá. Aliás, o que se está fazendo contrasta com a sofisticação das décadas de 80 e 90. Moradores de rua se alojam, pessoas usam drogas, pessoas se prostituem naquele local.
Quem nunca lembra pessoas hoje com mais de 20 anos, aquela enorme pista de pouso muito longa no coração de Rio Branco que hoje é avenida, aquela pista que dava medo para moradores da estrada do Amapá porque os aviões davam completos “rasantes” para aterrissarem. Boeing, Airbus e outros da Varig, Tavaj, Vasp, todos eles se foram com o pequeno Aeroporto Internacional Presidente Médici desde 1999. Esquecidos na história, lembrado por poucos.
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Fotos: Walcimar Junior e Quésia Mello
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